segunda-feira, 23 de maio de 2016

De repente


De repente
Acordei num dia de sol, de muita luz
O canto dos pássaros,  logo  ao amanhecer,
Enchiam meu peito de confiança, de alegria.
Ouvia o barulho das águas do riacho,
Sentia como desabrochavam as flores,
O sabor do néctar que as abelhas sorviam.
Todos sorriam, todos cantavam, todos voavam
Nós sonhávamos, planejávamos, tudo era futuro
Mas...
De repente,
Percebi que tudo não era realidade
Era bom demais para ser verdade
Uma máscara que forjavam a minha felicidade
Caiu de madura.
De repente,
Senti que começava a escurecer
Os pássaros cantantes se empoleiraram
As flores murcharam,
Os risos eram de deboche, o canto era um réquiem.
Tudo era marcha.
E o futuro, doce futuro, transformou-se
No gosto amargo da pura realidade.

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